16 de maio de 2018

Senta que lá vem resenha: Vingadores: Guerra Infinita

Um comentário :
  Vingadores: Guerra Infinita é o mais aguardado filme do Marvel Cinematic Universe, conta com a maior reunião de heróis numa mesma historia e finalmente mostra Thanos em ação, que busca todas as seis Jóias do Infinito para acabar com metade do universo e assim trazer balanceamento para todos que vivem nele. Esta resenha tem spoilers leves.


  É dirigido por Joe e Anthony Russo e foi escrito por Christopher Markus e Stephen McFeely
   
  O filme introduz Thanos (Josh Brolin) de uma maneira cheia de tensão, o início conecta-se de imediato com o final de Thor Ragnarok mostrando quão poderoso e ameaçador o titã é. Uma apresentação assim nos primeiros minutos do filme foi uma ideia ótima, pois estabelece o poder de um vilão que antes não havia feito muita coisa além de dar ordens em seu trono espacial.

  Este não é um filme dos heróis, é um filme do vilão, são diversas as cenas em que ele aparece e sempre faz algo grande que impacta a história. Sejam flashbacks ou coisas acontecendo no presente, Thanos é um vilão extremamente bem desenvolvido que não cai na pobre motivação de que ele quer destruir o universo só por ser "do mal". Ele tem argumentos que fazem sentido, mas que não necessariamente sejam bons para toda a vida no universo.
  
  
  Com a ameaça iminente chegando, os heróis da Terra tem que se unir uma vez mais para impedir que o titã consiga todas as Jóias e o espetáculo na tela é extremamente divertido. Temos Vingadores misturados com Guardiões, Wakanda entrando em guerra com criaturas alienígenas, Dr. Estranho (Benedict Cumberbatch) enfrentando dois membros da Ordem Negra. Os diálogos e as tiradas ficaram na medida certa da diversão e da sensação de que finalmente todo mundo está reunido.
  
  Os elementos de crossover são bem executados, pois os personagens conseguem brilhar em momentos que requerem uso de suas habilidades e isso que é notável no filme, essa ótima divisão de tarefas. Claro, o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) tem mais presença, mas isto já era de se esperar de um personagem que é praticamente o principal do MCU.

 Os Guardiões da Galáxia não perderam o tom mesmo estando em um filme diferente. A música que da vida à introdução deles é marcante e toda a interação que eles tem uns com os outros é excelente.
  
  As cenas de ação são frequentes e sempre envolvem personagens distintos, todas são bem encaixadas no desenvolver da trama. Temos lutas dos heróis contra a Ordem Negra, contra o Thanos e uma grande guerra. O filme fez questão de proporcionar ao espectador lutas variadas e não exageradamente extensas ao ponto de ficar cansativo.

  
  Há anos atrás imaginar que uma cena de luta em que o Homem-Aranha (Tom Holland) joga teia na cara do Thanos seria vista em uma tela de cinema era impossível, até este filme. É ótimo notar o quanto o MCU cresceu, onde havia apenas Homem de Ferro agora há todo um panteão de personagens, igual o universo nas HQs.

 Thor (Chris Hemsworth) é outro personagem que cresceu muito. Foi de um herói que quase nenhuma pessoa ligava para um dos favoritos, pois finalmente a Marvel decidiu transformar ele no verdadeiro deus do trovão que ele já demonstrava ser nas HQs.
  
  A qualidade do filme é impressionante, Thanos está incrivelmente detalhado, fazendo todas as suas cenas terem o peso de que ele realmente está lá fisicamente na frente dos heróis. A Ordem também ficou caprichada, mas o grande trunfo do filme está mesmo no nível de CGI do vilão principal. Impecável.

 Apenas algumas pequenas coisas que infelizmente deixaram a desejar. Em certas partes com Bruce Banner (Mark Ruffalo) na Hulkbuster, ficou óbvio de que aquilo era uma cabeça de CGI grudada na armadura, a ponto de se destacar demais na cena. E sobre o mesmo personagem, quando ele fala com Hulk (que está se recusando a surgir), exageraram no uso do elemento cômico na fala de Banner, ficou como se ele estivesse falando com uma criança do pré.

 Steve Rogers (Chris Evans), apareceu em cenas muito boas, mas ficou um pouco de lado na trama deste filme comparado com Tony Stark. Porém os irmãos Russo prometeram que ele terá enfase maior no próximo.

 Sim, as piadas estão presentes neste filme, muitas. Mas isto não é um ponto negativo, 99% delas foram bem colocadas através do filme e em nenhum momento estragam pontos dramáticos da história. Principalmente no final, que é um dos momentos mais sombrios do MCU, não há nenhuma piada fora de mão para aliviar a tensão, é puro silêncio.

  
  Enfim, Guerra Infinita é um grande evento para o MCU. Uma história que aprofunda o vilão mas que também balanceia a presença dos heróis e prepara para uma conclusão incrível no futuro Vingadores 4. É um filme divertido, épico e que você nem vê o tempo passar. Nota 9/10.

"Sr Stark, eu não me sinto muito bem...".

Um comentário :

  1. Excelente filme! Acertadamente Thanos (Josh Brolin, do óptimo Filme Homens De Coragem ) é a grande estrela desse filme, tanto que é alardeado de que ele que retornará, não os Vingadores. Ao lado de Killmonger, que sem dúvidas ele é o melhor vilão da Marvel. Thanos é extremamente bem construído e muito bem feito em CGI, suas motivações fazem sentido e trazem um inesperável carisma e humanidade ao vilão. Acreditamos que o que ele faz não é bom, mas é necessário para ELE e entendemos o porquê. Claro que não significa que ficaremos ao lado dele. Não. Ele é um porco genocida e egocêntrico que sai pelo Universo exterminando metade da população dos planetas sendo uma espécie de Deus em uma missão digna, mas é uma ideia de equilíbrio que, de uma maneira ou outra (descontada a sede pelo poder), acaba se tornando compreensível ao conseguirmos identificar perfeitamente a sua motivação traçando um paralelo com o mundo real. Principalmente se formos comparar com os dois filmes que serviram de prelúdio a este, Thor: Ragnarok e Pantera Negra, que introduziram certas ideias de moral torta.

    ResponderExcluir