23 de março de 2013

Senta que lá vem resenha: God of War: Ascension

Um comentário :
Antes do game ser lançado, a Sony botou muito medo nos jogadores (inclusive em mim), só divulgando cenas do multiplayer, trailers do multiplayer e afins. Todos acharam que não dariam nenhuma importância pra historia, que ela seria uma derrocada... Foi quando começaram a divulgar mais alguns vídeos do single player e aí minha esperança foi recuperada.


Basicamente, o jogo acontece logo após Kratos matar a esposa e a filha, a partir desse momento ele decide não mais servir Ares e abandona seu título de "Punho de Ares". Enquanto Kratos busca um jeito de quebrar seu elo de sangue com o deus da guerra (o game salienta que elos com deuses são quase impossíveis de serem quebrados... de uma forma pacífica), o espartano tem que se livrar das Fúrias que foram convocadas por Ares para perturbá-lo enquanto Kratos não aceitar voltar ao posto de Punho de Ares mais uma vez.

Em termos de história ela não chega a ser péssima, é algo bem legal de se ver com uma narrativa não-linear bem feita, porém é bem simples em geral. Kratos é apresentado de uma forma mais humana, achei meio estranho ver depois de games seguidos com sua personalidade ultra raivosa, mas isso não chega a ser algo ruim. É legal ver ele sensibilizado pela morte da família, pois deixa o personagem menos monstro e traz algo mais real pra ele, podemos vê-lo ficar triste e até sorrir umas vezes, algo que achei que nunca o veria fazer. Mas não se preocupem, nas horas de combates, seja com monstros normais ou chefes, o bom e velho Kratos sanguinário vem a tona.

O combate, ele está mais refinado do que nunca! Agora não temos mais os combos padrão de Kratos logo de início, eles são liberados quando o medidor de raiva está cheio, possibilitando combinações cruéis e sangue jorrando por todos os lados. Uma coisa a ser notada é que os combo "normais" de Kratos são liberados nas evoluções das Blades of Chaos, o que faz sentido, sendo que esse jogo apresenta um espartano mais jovem, menos bombado e tecnicamente menos experiente. Temos quatro elementos para usar nas blades, cada um com seus próprias magias e combos diferenciados, como: Fogo de Ares, Gelo de Poseidon, Trovão de Zeus e Almas de Hades.

Conforme o medidor de raiva chega em seu máximo, podemos apertar os dois analógicos e Kratos fará um movimento especial dependendo do elemento que estiver usando no momento, por exemplo, se estiver com o Fogo de Ares, Kratos vai chicotear as blades no inimigo mais próximo o fazendo explodir, com o Trovão de Zeus temos uma rajada de eletricidade saindo dos nossos punhos.

As magias também dão um "que" de variedade ao game, novamente cada elemento tem sua própria magia em suas árvores de habilidades, Gelo de Poseidon convoca uma tempestade de gelo fazendo assim todos os inimigos em volta congelarem e se você os destruir, dará grandes red orbs. As Almas de Hades convocam mãos do submundo pra atacar os inimigos fazendo-os voar longe.

Aproveitando a deixa, a variedade de armas fixas de Kratos não é grande, porém temos uma novidade, as armas descartáveis que podemos roubar dos inimigos através de chute (que farão elas caírem de suas mãos) ou achando no cenário. Armas como espadas, clavas e até mesmo um escudo podem ser usadas quantas vezes quiser, podendo ser descartadas num golpe especial com L1+O. Também temos a lança e um "sling" que tem quantidades pré-determinadas para serem usadas.

Os gráficos e a escala desse jogo estão tremendamente caprichados, acredito que nenhuma empresa saiba usar a potencia de seu console quanto a sua criadora, e é exatamente isso que a Sony Santa Monica conseguiu fazer. Tudo está mais caprichado, com uma nova paleta de cores vários cenários do game parecem pinturas de tão exuberante que foi o detalhamento. Kratos está bem mais detalhado que em God of War III, ele parece que realmente vive, realmente está lá. Não só ele está caprichado, claro, mas observar a evolução do espartano é impressionante, sem contar o visual das Fúrias, mais precisamente o visual "final" da Rainha das Fúrias, Alecto.
Sou fotógrafo demais, podem falar.

Falemos da escala agora, que está totalmente "caidora de queixos", podemos ver dois monstros GIGANTESCOS e totalmente detalhados ao mesmo tempo na tela, incluindo alguns cenários de fundo, e tudo sem nenhum slowdown, acreditem. Algo que senti falta no III foram os variados cenários, as paisagens que tanto me deixaram impressionado no II, e tudo está de volta em Ascension.

Passamos por um vilarejo abandonado, montanhas cobertas de neve, templos, estátuas gigantescas e tudo completamente lindo e numa escala que te deixa impressionado, Ascension com certeza é um dos games mais belos pro PS3. O jogo também está bem balanceado em respeito de combates e puzzles, alguns com soluções fáceis te farão quebrar a cabeça (rsrs) pelo menos na primeira vez que jogar.

Porém nem tudo são flores, as vezes a quantidade de monstros na tela é tão exagerada que não temos chance além do que ter que defender e fugir pra atacar de uma forma rápida. Todos atacam na mesma hora, em dificuldades maiores isso pode significar o seu fim, já que Kratos toma um dano atrás do outro de uns seis monstros de uma vez, esses momentos acontecem quando vamos testar um novo elemento e o melhor de tudo é que não podemos trocar pra um mais evoluído pois o jogo te obriga a "testar" o elemento que acabamos de pegar. Em dois momentos a câmera se afasta demais pra demonstrar o tamanho da batalha, e isso atrapalha o jogador, impossibilitando uma boa visão da batalha pra fazer suas estratégias.
Uma adição extremamente bem vinda foi o Multiplayer. Todos acharam que isso ia tirar o brilho do single player, mas apesar dele ser relativamente curto (demorei cerca de 8 horas para zerar) é muito satisfatório e nenhum fã de God of War vai ficar desapontado. Voltando, o multiplayer não deixa nada a desejar, é muito divertido e pode te distrair por horas, por isso, tome cuidado para não viciar, quem avisa amigo é!

Podemos nos afiliar a quatro alianças, Ares (Guerreiro), Zeus (Mago), Hades (Espécie de híbrido entre guerreiro e mago, com habilidades de sugar vidas) e Poseidon (Suporte). Cada um oferecendo habilidades especiais próprias para ajudar seu heroi. Cada arma, seja martelo, espada ou lança tem suas próprias skills, você pode pegar a Espada do Julgamento e ela terá suas habilidades especiais, a Espada de Zeus terá outras, e assim sucessivamente, achei isso muito interessante.

 Uma breve lista dos modos agora para você saber o que te aguarda:

Favor dos Deuses (Equipes de 4 jogadores vs 4, ou 2 vs 2): Nesse modo temos que dominar altares que se transformam em pontos de favor aos deuses, esses pontos também podem ser ganhados ao matar inimigos e abrir baús nos cenários. Além disso, cada cenário tem seu "minigame especial", como no Pantano dos Esquecidos, que temos que liberar a górgona Stheno (finalmente, ae), e o Deserto das Almas Perdidas, que o objetivo é matar o titã ciclope. Tudo isso conta pontos para você e seu time.


Capture a Bandeira (O mesmo do Favor): Dispensa explicações, não? Pegue a bandeira do inimigo e leve ao seu território para ganhar pontos, mas cuidado, os jogadores virão com sede de sangue pra cima de você.

Partida dos Campeões: O bom e velho deathmatch ou team deathmatch, em que o único objetivo é: Matar!

Desafio dos Deuses: Podemos fazer esse modo sozinho ou com um parceiro, temos que enfrentar hordas de inimigos controlados pela máquina antes do tempo acabar. A cada morte são adicionados segundos na contagem regressiva, e dependendo do ranking que tirarmos em cada round, ganhamos bônus de tempo importantíssimos.

O multiplayer em si é bem feito e legal, as arenas são bem distribuídas no geral, porém a que eu mais achei divertida foi a Pantano dos Esquecidos. Alguns raros momentos andaremos sozinhos por elas, o que serve para respirarmos em meio aos respawns rápidos e as mortes brutais.

God of War: Ascension é um game ótimo, porém não traz grandes inovações para a franquia, além de combos principais novos para Kratos e a possibilidade de envolver-se mais nas batalhas, com quicktime events que possibilitam mais controle do personagem..

Bem... é isso, o jogo está bem legal, como afirmei, ainda não ultrapassou God of War II (que pra mim é o melhor da franquia), mas se você estava pensando em comprar, pode ir sem medo, vai jogar um single player ótimo, exatamente na medida God of War e um multiplayer cheio de ação e diversão.

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