21 de dezembro de 2016

Senta que lá vem resenha: Rogue One - Uma História Star Wars

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 É incrível pensar que temos a oportunidade de vivenciar esta época grandiosa para os fãs de Star Wars. A Disney ter comprado a franquia foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido pois tivemos dois filmes novos do universo SW nos últimos dois anos.


 Havia muito temor de que Rogue One (daqui para frente mencionado como R1) seria apenas algo para encher linguiça da historia até o Episódio VIII. Mas, mas foi muito mais que isso. O filme contém uma historia que expande A New Hope, porque agora sim é mostrada a primeira grande vitória contra o Império, mencionada na introdução do filme.

 Parte do que faz a historia dar tão certo são os personagens. Jyn Erso (Felicity Jones), Cassian Andor (Diego Luna), K-2SO (Alan Tudyk), Orson Krennic (Ben Mendelsohn) Chirrut Îmwe (Donnie Yen), Baze Malbus (Jian Wen) e Saw Gerrera (Forest Whitaker).

Todos atuam bem na historia e conforme ela desenvolve-se, cativam cada vez mais o espectador com suas personalidades únicas e interessantes. Detalhe para o personagem Chirrut que acredita que é "um com a Força" e rende grandes momentos no filme.

 Apesar dos personagens serem ótimos, poderiam ter mostrado mais da evolução de Saw Gerrera, desde a época em que ele resgata a pequena Jyn até o período em que o mesmo ficou todo "destruído" com aqueles suspiros que lembram o próprio Vader.

 O que deve-se notar no filme é que aquele romance forçado que existe em tantos projetos de Hollywood não faz presença aqui. Em certo momento o espectador pensa que Jyn e Cassian irão se beijar para selar essa sina mas não, são apenas parceiros que estão em uma missão e conforme ela evolui, mais objetivos vão surgindo e se encaixando na trama.


 Conforme a história evolui, as cenas de ação vão tornando-se maiores, com seu ápice sendo atingido na batalha final. Todos os momentos com explosões, tiros a laser e barulhos de naves foram tão incríveis de se assistir que o filme passa até mais rápido. O visual de R1 é simplesmente belo. Em vários momentos as paisagens lindas, mescladas com a ação fazem o espectador se deleitar com a beleza que está vendo na tela.

 No final, é muito legal notar que tudo se conecta com o Episódio IV. A sensação de ler os letreiros iniciais de A New Hope é totalmente diferente depois e assistir R1, tudo isso porque ele cumpre a tarefa de ser uma prequel fiel, que se encaixa perfeitamente (como uma peça de lego) no universo Star Wars.

 Darth Vader aparece em poucos momentos do filme. Mas tudo é recompensado na cena final em que ele mata vários Rebeldes um a um, numa montagem assustadora que mostrou realmente o medo que o Lord Sith causa em meros humanos que estão ali somente com "simples" armas.


 Um dos aspectos fracos não é nem relacionado à historia em si mas sim aos efeitos computadorizados. Na primeira vez que mostram (o gerado pelo computador) Tarkin é estranho. Seus movimentos são caricatos porque tentam recriar o que o ator original fazia, mas depois de algum tempo ele melhora muito e os olhos do espectador acabam acostumando-se.

 No geral, R1 é muito bom e revigorante. Revigorante no sentido de que os personagens principais durante o filme morrem um a um. O cinema precisava disto, algo diferente de uma história em que todos saem vivos no final, com alguns arranhões e vivem felizes.


 A franquia "Uma Historia Star Wars" mostra um potencial enorme de contar historias que não necessariamente precisam estar nos episódios principais. Mesmo sem a presença de Jedis e sabres de luz, os personagens de R1 e toda a trama seguram bem o filme. Nota 8/10.

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