25 de setembro de 2017

Senta que lá vem resenha: Em Ritmo de Fuga

Um comentário :
 Baby Driver (ou como ficou aqui no Brasil: Em Ritmo de Fuga) é um filme de ação escrito e dirigido por Edgar Wright. Em seu elenco temos Ansel Elgort (Baby), Kevin Spacey (Doc), Lily James (Debora), Jon Bernthal, Eiza González (Darling), John Hamm (Buddy), Jamie Foxx (Bats) e CJ Jones (Joseph).


 A historia do filme é enérgica e apresenta personagens interessantes pois cada um traz uma química diferente para a trama, o que serve para deixar o filme em um modo de "auto-renovação" do início ao fim. Por exemplo, Doc é o clássico manda-chuva, Buddy e Darling tentam ser amigos de Baby ao ver que outras pessoas não são capazes de entender seu jeito e temos Bats que constantemente encrenca e cria problemas.

 Como a interação entre estes diferentes personagens funciona naturalmente, Wright coloca momentos de humor que funcionam sem tirar o foco da trama. Não existem cenas encaixadas de forma barata apenas para fazer o espectador rir, mas sim momentos em diálogos e acontecimentos dentro do fluxo da trama que mantém tudo nos trilhos sem perder a compostura.

 Baby é um personagem, no começo, misterioso e calado, lembrando o personagem principal do filme Drive, interpretado por Ryan Gosling. Graças ao carisma na atuação de Elgort, o personagem cativa desde o começo com sua atitude diferente e que envolve conforme ele se deixa levar pelas músicas.


 Um dos charmes do filme é o fato de que o vilão nunca é estabelecido desde o começo. Quando a historia apresenta Doc, o espectador é levado a entender que ele é o vilão principal, depois Bats assume este papel e para encerrar o verdadeiro antagonista aparece na forma do carismático bandido Buddy que perde a linha após sua esposa ser morta.

 A trilha sonora é o coração do filme. Em pelo menos 99% das cenas alguma música está tocando, mas como se isso não fosse suficiente para o diretor, o filme esbanja de momentos que acompanham o ritmo e a letra da música. Sejam em momentos de diálogos, carros ou cenas de ação, a música permeia todo o mundo de Baby e adiciona uma personalidade criativa e enérgica para a historia.

 É interessante notar que tudo o que aconteceu teve um peso na historia, grande ou não. Algum acidente, tiro, diálogo, tudo impacta os personagens e o mundo em volta deles e isto é muito bem-vindo em uma era cheia de filmes de ação que não tem essa sensação de urgência real ou de desenvolvimento de personagens.


 Edgar Wright é um ótimo diretor e apenas reforçou isso com Baby Driver. O filme é divertido, o ritmo é balanceado, os personagens são ótimos e a trilha sonora é animada e enérgica. Nota 10/10.

Um comentário :

  1. Achei muito interessante a maneira em que terminou é filme. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Em Ritmo de Fuga imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Ansel Elgort, um ator muito comprometido. Em Ritmo de Fuga é uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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