9 de março de 2017

Senta que lá vem resenha: Logan

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 É com grande prazer que digo que a Fox finalmente conseguiu acertar um filme do universo X-Men... pena que foi justamente na despedida de Hugh Jackman. Mas o filme funciona muito bem como uma grande homenagem e despedida do ator no papel de Wolverine. Contém spoilers!


 Logan (2017) é um filme americano de ação e drama, foi dirigido por James Mangold que co-escreveu o roteiro com Scott Frank e Michael Green. Em seu elenco temos Hugh Jackman (Logan/Wolverine), Patrick Stewart (Professor Charles Xavier), Dafne Keen (Laura/X-23), Richard E. Grant (Zander Rice), Boyd Holbrook (Donald Pierce) e Stephen Merchant (Caliban).

 Logo na cena de ação no início, o filme já mostra que liberou o personagem principal para ser aquilo que ele é realmente: Um mutante extremamente perigoso. Finalmente, sem poupar sangue ou desmembramentos, exibiram o verdadeiro potencial de Wolverine e porque ele é temido.

 Junto a esta brutalidade, também vem um lado do mutante que não estamos acostumados a ver: o humano. Logan está cansado, seu fator de cura não funciona mais como antes e por causa disto, o adamantium em seu organismo está envenenando seu sistema, fazendo ele morrer aos poucos.


 Não bastando isso, seu amigo e mentor de longa data, Prof. Xavier (agora envelhecido) sofre de convulsões que liberam todo o poder da mente mais poderosa do mundo. Além de Logan ter que cuidar de si mesmo, ele precisa conseguir remédios para Xavier que anulam seu poder mental e evitar que alguma tragédia maior aconteça.

 O filme é muito emocional na relação dos dois e funciona muito bem porque o sentimento de tristeza e nostalgia é passado apenas na troca de olhares dos personagens. As conversas entre eles tem um peso maior, pois todos os conhecem há 17 anos, principalmente na cena durante um jantar em que ambos relembram e brincam entre si. É de partir o coração ver até onde chegaram juntos.

 A relação de pai e filha que o protagonista tem com Laura também é muito significativa para a evolução da historia e de Logan. Ele precisava de alguém como ela para fazer despertar o seu lado humano e a percepção de que ela não precisa ser a arma que a fizeram ser. Laura, sua filha, ainda tem esperança de manter sua humanidade e crescer como uma boa pessoa.


 As cenas de ação do filme são as mais espetaculares que a Fox soube produzir. Ao deixar Wolverine ser o animal violento que é, o espectador pôde ver as mais brutais finalizações nos combates mais cheios de ação que a franquia X-Men conseguiu proporcionar.

 Este filme é baseado em expressões. Hugh Jackman e Patrick Stewart conseguem transmitir toda a emoção apenas em trocas de olhares. Enquanto Dafne Keen passa toda a raiva e curiosidade de Laura sem precisar falar uma palavra na maior parte do filme.

  Talvez haja uma leve falta de inspiração no desafio de Wolverine neste filme, que foi um clone e apenas isso. Mas serviu muito bem para lembrar o espectador de como ele era em seu auge e como ele está agora, envelhecido e quebrado pelo tempo.


 Após Logan, sabemos que a Fox sabe fazer um filme decente, a única coisa que precisam é de um diretor realmente capaz e que esteja inspirado para fazer algo diferente. Ou seja... joguem o Bryan Singer na gaveta, por favor.

 O filme é ótimo e incorpora muito bem um velho Wolverine. Recomendo à todos que são fãs dos X-Men e que apesar de dois filmes solo ruins do mutante, Logan consegue ser o melhor filme da Fox. Nota 9/10.

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