30 de maio de 2016

Senta que lá vem resenha: X-Men - Apocalipse

2 comentários :
 O universo dos X-Men nos cinemas nunca foi algo de muito exemplo neste meio, mas desde o seu "pseudo-reboot" com First Class, o estúdio vem tentando manter algo com mais sentido/continuidade após ver o estrondoso sucesso do MCU da Marvel Studios.


 First Class (do diretor Matthew Vaughn) começou bem, mas ainda estou confuso sobre o que quiseram fazer nele. Para mim e muitos outros, era um reboot após o fiasco de Wolverine Origins/X-Men 3, com um elenco mais jovem e uma história renovada. Mas após chegar Days of Future Past (com Bryan Singer no comando), decidiram juntar as linhas do tempo dos atores novos com os atores dos primeiros X-Men na tentativa de consertar a enorme cagada no universo Fox. Confesso que foi uma boa decisão, o filme foi bom e estabeleceu que agora os X-Men que veremos são os da turma de James McAvoy.

 Esses filmes abriram introdução para X-Men Apocalipse, um dos filmes mais divertidos desta (por enquanto) trilogia. A sensação que esse filme me deu de estar assistindo aquela série antiga dos X-Men ou mesmo X-Men Evolution foi grande! Eu não imaginava como sentia falta de ver os mutantes originais de Xavier dividindo a tela juntos, o que colaborou muito para essa sensação de nostalgia. Me senti assistindo um episódio no SBT enquanto almoçava após chegar da escola.

 A história do filme talvez seja a mais simples comparada com FC e DOFP. Como não envolve historias de origem ou mesmo viagens no tempo, o roteiro tem a possibilidade de ser algo bastante direto e simplista. É basicamente a origem do vilão, sua volta ao poder e sua queda, com os X-Men acompanhando tudo o que acontece em volta deles, e é por isso que o filme funciona tão bem no que se propõe a fazer: Ser um bom blockbuster com uma história consistente e que diverte.


 O roteiro não tem muitas complexidades ou quinhentas sub-tramas, ele se concentra em uma linha maior com algumas histórias que logo vão se encaixando e segue fielmente até o seu final. Pra mim é o trunfo deste filme, a simplicidade em contar uma história, deixá-la divertida e com um ritmo que não atrapalhou em nada a minha experiência.

 Aliás, foi bem legal e diferente ver um filme em que Magneto (Michael Fassbender) não tinha muito foco, apesar dele ainda atuar como um Cavaleiro, ele estava totalmente perdido após perder sua família (que surgiu e sumiu no mesmo filme). Mas o vilão aqui é o Apocalipse e é ele quem devemos temer.

 Tye Sheridan (Ciclope), Sophie Turner (Jean Grey), Kodi Smit-McPhee (Noturno) e Alexandra Shipp (Tempestade) tem um potencial enorme para tornarem-se ótimos X-Men em tela. Eu estou mais do que ansioso para ver o que será feito com eles e torcendo para que sejam bem utilizados no futuro.


 A produção do filme num geral me chamou bastante a atenção. Seja pelo tema incrível dos anos 80 com várias cores gritantes, o visual de época dos mutantes e também a ótima trilha sonora, que em seu tema principal nos puxou direto para as épocas do X-Men 2, considerado por muitos o melhor filme deles no cinema.

 As cenas de ação não estavam ruins, mas também não estavam excelentes. Mantiveram-se bastante no conceito básico de ser, apesar do filme ser muito bom, acho que faltou uma cena de ação incrível envolvendo o Apocalipse, para demonstrar mais do seu poder. Aliás, Oscar Isaac apesar de estar por trás de muita maquiagem mandou bem como vilão, ele manteve um tom mais sereno no jeito do mutante antigo falar, o que deu certo ar de imponência e sabedoria.

 Felizmente eu não gostei de poucas coisas em todo o filme. Os Cavaleiros do Apocalipse poderiam ter mais falas para demonstrar um pouco mais da personalidade deles, porque na maioria do filme eles apenas seguem o vilão e não falam muito, os personagens apenas estão lá como capangas genéricos.

 Gostei do Apocalipse como vilão, mas ele é o mutante mais poderoso da existência, ele deveria ter sido o cara mal como o Thanos no MCU. Ele tinha muito potencial pra isso! Infelizmente, ele acabou sendo mais como um Ultron 2, um cara que surgiu e foi derrotado com a união de vários mutantes.


 Também não gostei muito de uma parte melodramática envolvendo Magneto quando ele ergue a mão para o céu e grita para o alto: "É isso o que devo me tornar?!", qual é gente, a cena em si já era poderosa o suficiente, não precisamos dessas coisinhas de novela mexicana, não concordam?

 E no final, parece que toda aquela destruição não teve impacto nenhum nos heróis como desenvolvimento de personagem ou na sociedade em si, o que eu achei que foi uma leve derrapada no roteiro.

 Jennifer Lawrence teve menos foco do que eu achei que ela teria, o que me deixou feliz. Mas aquela não é a Mística dos quadrinhos, pra bom ou pra ruim, a mutante nessa realidade pende para um lado de exemplo para os mutantes mais jovens do que uma vilã fria e cruel.

 Mas juntando tudo, minha conclusão é positiva, eu me diverti bastante no cinema e se fosse para atribuir uma nota, daria um 7. Esse foi um filme que não teve tantas ousadias com grandes acontecimentos mas que mesmo assim consegue criar uma experiência bastante legal para os fãs dos mutantes. Não esqueçam de ouvir a trilha sonora se puderem, sem esquecer!


 X-Men: Apocalipse é muito legal, e eu acredito que se você gostou dos filmes anteriores com certeza vai gostar desse. Mas espero que no próximo não esqueçam a coitada da Jubileu... de novo. Até a próxima, galera!

2 comentários :

  1. Gostei da sua resenha, Kholso. Ela é bem objetiva e sem spoilers (todo mundo pode ler de boa).
    Sobre os Cavaleiros do Apocalypse... Também senti falta de dialogos deles... Nem mesmo temos uma confirmação de que eles são a fome, guerra, pestilência e guerra.
    E a pobre menina Jubileu? Criaram todo um hype de que teria ela no filme e ela não fez nada...
    Mas, assim como você, me diverti com o filme também. Me lembrou muito o tempo que assistia a série dos anos 90, quando era um pequeno Sena.

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    1. Vamos torcer para que no próximo filme a Jubileu finalmente tenha seu momento com os X-Men!

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