8 de agosto de 2016

Senta que lá vem resenha: Esquadrão Suicida

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 Esquadrão Suicida é um filme americano do gênero ação/super-herói baseado na equipe de vilões/anti-heróis do universo DC. É distribuído pela Warner Bros. e foi escrito/dirigido por David Ayer.


 Em seu elenco temos Will Smith (Floyd Lawton/Pistoleiro), Margot Robbie (Arlequina), Joel Kinnaman (Rick Flagg), Viola Davis (Amanda Waller), Cara Delevingne (June Moon/Magia), Jai Courtney (Capitão Bumerangue), Karen Fukuhara (Tatsu Yamashiro/Katana), Adewale Akinnuoye-Agbaje (Waylon Jones/Crocodilo), Jay Hernandez (El Diablo) e Jared Leto (Coringa).

 O grande diferencial deste filme é o fato de que não estamos vendo uma historia de heróis propriamente ditos, mas sim de vilões que são forçados a atuar juntos em uma missão, o que por si só já vale o interesse de conferir qual o resultado disso tudo. O que vejo poucos "críticos" falando é do "tema" do filme, enquanto a maioria pode pensar que não existe, ele está lá bem na cara e é o que guia vários personagens através da história.


 É o amor. O amor doentio de Coringa e Arlequina (por favor, não idolatrem esse relacionamento), o amor de Floyd por sua filha, o amor trágico de El Diablo e o amor de Flagg por June. Não é aquele amor hollywoodiano que todos estamos acostumados a ver, mas ele ainda está lá motivando os personagens.

 Falando dos personagens, não existe um deles que não tenha gostado. São divertidos e diferentes. Todos eles tem pelo menos um momento legal no filme, mas o que realmente me ganhou foi a interação/tiradinhas entre eles e como pessoas de origens tão diferentes podem se identificar através de suas tragédias e assim formar um tipo de laço.


 Arlequina está perfeita, Margot Robbie realmente se dedicou muito ao papel e ficou simplesmente excelente. Pistoleiro é muito diferente da sua versão dos gibis e agradeço por isso, porque já vimos esta versão no (triste) seriado Arrow e fico grato por ver um personagem mais Willsmithzado pois o mesmo se tornou alguém bem divertido.

 O resto dos personagens do Esquadrão apesar de bons, foram mal utilizados (para aumentar o tempo de Arlequina/Pistoleiro, dizem boatos) o que realmente é triste, porque todos mereciam muito ter seu lugar ao sol.

 As cenas do Coringa são espalhadas pelo filme e você quase nem nota que ele tem pouco tempo de tela. Aliás, achei até bom, porque apesar de ter gostado da atuação de Leto, este não é um filme centrado no Palhaço do Crime, portanto, ele aparecendo de vez em quando não foi um defeito. O que me pareceu meio estranho foi que quase não tivemos tempo de apreciar algumas de suas cenas, porque os cortes realmente prejudicaram a atuação de Leto e o ritmo do filme.


 Com ótimos personagens e uma trilha sonora animada, o roteiro simplista não chegar a incomodar. Sim, a historia do filme é bem simples: "Vocês tem que resgatar uma figura do alto escalão e é isso", mas para esse filme funciona. Não vá procurando profundidade, muito menos lições de moral importantes, este é um filme de ação estilo os dos anos 90, com ótimas cenas de ação, muitas piadinhas e frases cômicas de efeito.

 Ouso até dizer que é o filme mais descompromissado da DC, porque o objetivo dele é único: divertir o espectador. E fez com muito acerto, porque todo mundo na sala de cinema em que assisti estava gargalhando/curtindo o filme e se uma obra consegue cativar o espectador, um lixo não pode ser.

 Infelizmente nem tudo são flores, apesar do filme ser bem simples e divertido, pude notar diversos cortes que fizeram o ritmo do filme ficar rápido demais, principalmente em seu início. Além disso, após uma cena de flashback, notei um corte importante, porque do nada os membros do Esquadrão apareceram já no objetivo em que deveriam chegar. As vezes picotar um filme para obter um ritmo mais rápido ou pra encurtar a duração do mesmo não é a melhor decisão a se fazer.

 Poderíamos ter evitado também uma frase meio forçada, como a de El Diablo gritando que não perderia mais uma família. Qual é, você conhece eles há menos de 12h e esteve todo isolado na maior parte da missão!


 Comparado com Zod e Luthor, os vilões (Magia e seu irmão) deste filme são bem fracos, mas não é algo que recebemos como novidade, já que a maioria dos filmes de super-herói recentes sofre deste mal que dificilmente será remediado, pois muitos deles são usados apenas como uma ferramenta fácil da trama para seguir com a história.

 Vi pessoas reclamando que este filme não tem desenvolvimento de personagens... eu concordo em partes. Todos eles já estão estabelecidos, o que temos é o desenvolvimento deles como um grupo, como por exemplo Rick Flagg passando a respeitar o Pistoleiro ou mesmo El Diablo ultrapassando suas barreiras para ajudar a todos. Mas também como eu disse, não tivemos dedicação para aprofundar outros personagens como Crocodilo e Katana.

 Pode não parecer mas esse filme é importante para o DCEU. Além de expandir seus personagens apresentando a odiosa Waller (interpretada impecavelmente por Viola Davis), os vilões e também nos mostrando como o Batman atua, nos fez ver um mundo em que os meta humanos estão em expansão e começando a causar sérios problemas. O que é mais uma deixa para a criação da Liga da Justiça, ainda mais agora com Steppenwolf chegando na Terra.


 Com ótimos personagens, cenas de ação divertidas, uma boa trilha sonora e um roteiro simples, Esquadrão Suicida cumpre seu objetivo ao ser um filme descompromissado feito para divertir o espectador, mas poderia ter sido bem melhor se não tivessem picotado, portanto, minha nota é 7.

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