18 de novembro de 2016

Senta que lá vem resenha: Doutor Estranho

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 Muitos de vocês podem se perguntar porque desta vez é uma resenha rápida. Simples: porque estou com preguiça mesmo, então vou apenas dizer os pontos que gostei e os que não gostei do filme.


 Doutor Estranho (2016) é um filme do gênero super herói, de aventura/ação, dirigido por Scott Derrickson e estrelado por Benedict Cumberbatch (Stephen Strange)Chiwetel Ejiofor (Karl Mordo)Rachel McAdams (Christine Palmer)Benedict Wong (Wong)Mads Mikkelsen (Kaecillius) e Tilda Swinton (Anciã).

 Prós: 

 - A trilha sonora de Michael Giacchino é ótima, em diversos momentos de ação as músicas marcaram o filme e deixaram tudo mais emocionante.

 - Os personagens principais são cativantes e carismáticos. Detalhe importante para Cumberbatch e Swinton que roubaram diversas cenas no filme com uma dedicação profunda com seus personagens.

 Não só eles como também Ejiofor, que mostrou um desenvolvimento vilanesco interessante para Mordo, que pode ser um dos melhores vilões do MCU.

 - Efeitos especiais excelentes, não há nenhuma discussão quanto a isto. Seja na primeira cena de luta no começo do filme, na viagem insana de Strange pelos universos ou mesmo no final em que tudo começa a se torcer na realidade.

 Os efeitos não destacam-se apenas nestes momentos grandes como nos mais "simples" também, na luta astral de Strange contra um dos capangas de Kaecillius e nas lutas normais com a convocação de armas mágicas.

Contras:

 - Desenvolvimento apressado de historia e personagem. No filme são mostradas apenas duas sequências de treino (bem rápidas, por sinal), uma cena do Strange roubando livros e depois disso tudo acontece muito rápido.

  O vilão ataca e uma cena de ação começa no santuário de Nova York, o problema é que a partir daí o filme não deixa espaço para respirar. É mostrado o primeiro encontro de Kaecillius com Strange, o mago adquire sua capa e aprende a lutar de igual pra igual contra um vilão que já é praticamente um mestre e está em ativa há muito mais tempo que protagonista.

 Muita coisa no filme poderia ter sido corrigida se tivesse uma passagem de tempo coesa, que mostrasse desde quando ele era médico até o "final" de seu treinamento. Este filme, mais do que todos, também precisava de uma montagem de treino detalhada.

 - A forma que Strange descobriu o templo é revoltante. Coincidentemente, o mesmo médico terapista que cuida de sua recuperação conhece um homem que curou-se milagrosamente e é exatamente o que o protagonista precisa? Isso é escrita com preguicite aguda.

 - Fórmula Marvel, piadinhas onde não precisava. Sim, os filmes divertem e piadas (em momento certos) são bem-vindas, mas infelizmente algumas delas não deveriam estar ali. Às vezes a famosa Formula Marvel de piadas atrapalha a imersão do espectador em cenas que precisavam ser tensas.

 Na luta entre Strange e o vilão, onde deveriam ter momentos importantes que construíssem a tensão da luta, temos a capa puxando o mago para um lado e ele indo para outro, fazendo-o correr sem sair do lugar. Após este momento de gracejo, a luta não tem mais o mesmo peso, pois em vez do espectador ficar ansioso para ver o desenvolvimento do embate, acaba rindo e se desconcentrando.

 - Vilão fraco e esquecível. Não existia nada em Kaecillius que o fizesse ser diferente de todo vilão fraco que o MCU já teve. Era apenas um cara que revoltou-se contra a mestre e queria destruir o mundo, assim como é o objetivo de todo vilão dos filmes de super-heróis recentes.

 - Dormammu foi apresentado de forma fraca. Apesar da cena ter sido criativa com a repetição temporal, não há sentido em mostrar um dos seres mais poderosos dos universos pela primeira vez... sendo derrotado facilmente pelo protagonista. Não que um dia no futuro ele não fosse ser derrotado, mas não precisava ser logo na historia de origem.

 E para finalizar: Aquela cabeça gigante voadora não passou o poder que Dormammu tem. A Marvel poderia muito bem ter usado aquela versão em que ele parece um demônio em chamas:


 Doutor Estranho é um bom filme mas que não ousou sair da bolha da Marvel de historia de origem nem por um instante. O problema não são as piadas, mas sim o estilo de produção "padrãozinho" para agradar as massas. Depois de finalizado o hype do filme, ninguém vai comentar nada mais sobre, porque não teve nada de diferente ou marcante. Nota 6/10.

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